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Consultório na Rua: estágio da FMUSP completa três anos com foco no atendimento à população em situação de rua

Alunos do 5º ano da Medicina desenvolvem conhecimentos técnicos e humanísticos

Em 2024, a parceria entre a Atenção Primária à Saúde (APS) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o Ministério da Saúde e a organização social gestora Bompar, para a promoção do estágio eletivo Consultório na Rua, completou três anos. 

A iniciativa proporciona aos estudantes do 5º ano de Medicina uma vivência única no atendimento à população em situação de rua, permitindo que desenvolvam conhecimentos técnicos e humanísticos essenciais para sua prática profissional futura. Com duração de três semanas, o estágio tem impacto transformador na formação dos participantes. 

Além do aprendizado técnico, a experiência amplia a visão social dos alunos. “Atuamos com o compromisso de formar estratégias pedagógicas para que o aluno possa ter contato com as práticas assistenciais do SUS em realidades concretas”, explica a Profa. Mariana Eri Sato, supervisora técnico-administrativa do Programa de Atenção Primária da instituição. Outro fator para o qual a Profa. Mariana chama a atenção é o crescimento exponencial da população em situação de rua na cidade de São Paulo. “Nossa faculdade está atenta a essa grave questão de saúde pública e preocupa-se em formar médicos preparados para essa atuação”, reforça. 

Sempre sob a supervisão de docentes da FMUSP, os estudantes acompanham equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e agentes de saúde e comunitários, que percorrem as ruas próximas à Praça da Sé para oferecer assistência a uma população que enfrenta múltiplas vulnerabilidades. Para estabelecer vínculo com os pacientes e garantir um atendimento mais eficaz, as equipes do programa utilizam estratégias de aproximação, como convidá-los para partidas de futebol, visitas a museus e atividades culturais. Os alunos também aprendem técnicas de abordagem e comunicação para lidar com os desafios da assistência a pessoas que já sofreram diversas formas de violência e exclusão. Sob a coordenação do Departamento de Clínica Médica e supervisão do Programa de Atenção Primária (APS) da Faculdade, o estágio completa três anos como parte da estratégia pedagógica de aproximar os alunos das práticas assistenciais do Sistema Único de Saúde (SUS) em contextos reais.


07.02.2025

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