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Divisão de Otorrinolaringologia realiza cirurgia de prótese ancorada em osso com aparelho recém aprovado pela Anvisa

Divisão de Otorrinolaringologia realiza cirurgia de prótese ancorada em osso com aparelho recém aprovado pela Anvisa


Procedimento é indicado para pacientes com surdez condutiva e má-formação na orelha

Na próxima quarta-feira (02/04), a Divisão de Otorrinolaringologia utilizará uma prótese auditiva recém aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em uma cirurgia no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICHC FMUSP). O aparelho, Sentio, é fornecido pela empresa dinamarquesa Oticon Medical, e será usado pela primeira vez no Brasil em dois pacientes com surdez cognitiva e má-formação bilateral das orelhas. 

O Dr. Robinson Koji Tsuji, Professor Livre Docente da FMUSP. Coordenador do Grupo de Implante Coclear e Próteses Implantáveis do HCFMUSP, e Presidente da Sociedade Brasileira de Otologia conduzirá a cirurgia. 


Esta prótese é indicada para pessoas a partir dos 5 anos, com surdez condutiva e malformações nas orelhas externa e média (quando não há abertura do canal do ouvido). “É uma prótese osteoancorada do tipo transcutâneo (a pele fica intacta), usada para pacientes com má formação na orelha externa (canal do ouvido), orelha média (ossículos do ouvido), otites crônicas e surdez unilateral”, explicou o Dr. Koji. “Ela atua estimulando por vibração o osso do crânio atrás da orelha, estimulando por condução óssea a orelha interna, fazendo um bypass com a orelha externa e média”. Por não ter a necessidade do conhecido “furinho”, o procedimento para implante é considerado mais simples e seguro pelo especialista, sem grandes riscos de infecção (ao invés de pino de titânio atravessando a pele, há um ímã). 

ASSISTÊNCIA E PESQUISA 


A cirurgia de prótese auditiva ancorada em osso não é nova. Ela é realizada desde os anos 1990. No HC, foi feita em 1998 pelo Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, atual Titular da Divisão de Otorrinolaringologia da FMUSP. “Aqui no HC, tudo o que a gente faz tem o direcionamento para a assistência, que é o caso, mas tudo, também, tem direcionamento para pesquisa”, declarou o Prof. Ricardo Bento. 

Na quarta, serão submetidos ao procedimento uma adolescente de 13 anos e um adulto de 22. Mesmo ambos tendo má-formação bilateral (ou seja, nas duas orelhas), a prótese será implantada de um lado só. A partir dos resultados gerados após as cirurgias, pesquisas serão conduzidas pela Divisão. “Obviamente, vão sair trabalhos [baseados] dessa nova prótese, trabalhos comparativos”, explicou o Professor.

fm.usp.br

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