Nesta segunda-feira (27), o Instituto Central do Hospital das Clínicas (ICHC) sediou o primeiro evento de combate à hanseníase, coordenado pela Divisão de Dermatologia do ICHC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A cerimônia de abertura da campanha do “Janeiro Roxo” foi feita no Hall Central.
O objetivo era o de informar, conscientizar e refletir sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença, que atinge adultos e crianças. Destacou-se, também, a luta contra o estigma e os preconceitos atrelados à hanseníase, antigamente conhecida como “lepra”.
Após a abertura, os convidados foram direcionados ao Centro de Ensino Prof. Dr. Berilo Langer. Lá, foram ministrados painéis focados no Programa de Hanseníase da cidade de São Paulo, e em casos avançados diagnosticados pelo Hospital Escola da FMUSP.
AUTORIDADES E DIRETORIA CLÍNICA
Estiveram presentes o Prof. Dr. José Antonio Sanches Junior, Professor Titular da Divisão de Dermatologia e Diretor Clínico do HCFMUSP; Prof. Dr. Ciro Martins Gomes, Coordenador Geral da Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde; Tanya Eloise Lafrata, Diretora da Divisão Técnica de Hanseníase do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo; Carlos Tadeu Maraston Ferreira, Coordenador do Programa Municipal de Hanseníase da Cidade de São Paulo; Dra. Silvia Kobayashi, Chefe de Gabinete do ICHC e representando o Engº Antonio José Rodrigues Pereira, Superintendente do HCFMUSP; Prof. Dr. Nelson De Luccia, Presidente do Conselho Diretor do ICHC; Dra. Danielle Pedroni, Diretora Executiva do ICHC; Profa. Dra. Rafaella Alkmin, Vice-Diretora do Corpo Clínico do ICHC, representando o Dr. Marcelo Cristiano Rocha, Diretor do Corpo Clínico do ICHC; Prof. Dr. Carlos Batista Barcaui, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia; Prof. Dr. Marco Andrey Cipriany Frade, Presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia; e Faustino Pinto, Coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN).
PROGRAMAÇÃO
No Centro de Ensino Berilo Langer, os painéis foram apresentadores o Prof. Dr. Ciro Martins Gomes, expondo dados sobre a situação epidemiológica da hanseníase no Brasil e no Mundo; e Tanya Eloise Lafrata, mostrando os índices regionais paulistas.
A seguir, Carlos Tadeu Maraston Ferreira e Luzia Auxiliadora Carelli, responsável pela Vigilância Epidemiológica da Hanseníase na FMUSP, conduziram aula sobre o Programa de Hanseníase.
O encerramento se deu com o Dr. João Avancini, responsável pelo Ambulatório de Hanseníase, da Dermatologia do HCFMUSP; e com a Dra. Maria Angela Biaconcini Trindade, pesquisadora científica do Laboratório de Investigação Médica (LIM) de Dermatologia do HCFMUSP.
DADOS
No ano passado, o Brasil figurou em segundo lugar no ranking mundial de casos novos de hanseníase reportados, ficando atrás, apenas, da Índia. Mesmo com queda de 8,6%, o país registrou 19.469 casos novos em 2024, contra 21.293 em 2023 (dados do Ministério da Saúde).
A falta de conscientização sobre a doença, o atraso no diagnóstico dos infectados e a alta taxa de abandono do tratamento estão entre os fatores que influenciam o crescimento dos indicadores de novos casos.